Depois de
concluída a segunda chamada do Programa Mais Médicos, restam agora 318 vagasdas 4.146 disponibilizadas no lançamento
desta edição do programa. Os 4.362 profissionais com inscrição em Conselho
Regional de Medicina brasileiro já inscritos no programa, que ainda não
conseguiram alocação, poderão se candidatar a uma das vagas na terceira
chamada, que acontece nos dias 17 e 18 deste mês.
Na tarde de
hoje (3) representantes do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do
Distrito Federal receberam os médicos que irão trabalhar no Distrito Federal e
nas cidades goianas próximas da capital federal. Das 41 vagas disponíveis no
DF, 39 foram preenchidas nas duas primeiras chamadas.
Entre os
médicos acolhidos estava Tiago Rodrigues, recém-formado pela Universidade de
Brasília, que vai trabalhar em Santo Antônio do Descoberto, cidade goiana a
cerca de 50 km de Brasília. “Quero conseguir passar um pouco do conhecimento
acadêmico que eu tive para a comunidade, sendo útil para ela, conseguindo levar
algum tipo de transformação, que pela precariedade da situação ainda não chegou
no local, e em troca receber experiência”, contou.
Ainda na
universidade, a área de atenção primária já chamou a atenção do profissional,
mas Tiago teme a falta de infraestrutura para lidar com os problemas desta área
da medicina. Com o Mais Médicos ele quer confirmar se continua na área para,
então, fazer residência em Medicina da Família e Comunidade. No entanto, ele
confessa que o bônus de 10% para a prova de residência médica, oferecidos ao
profissional que passar um ano no programa, também foram atraentes. “Não sei
ainda o que vai ser do meu futuro. Quem sabe, eu me decida por outra
residência”, disse.
Para Gilmara
Hipólito, o bônus foi o maior atrativo para ela se inscrever no Mais Médicos.
“O salário é bom [pouco mais de R$ 10 mil], mas a gente consegue em outros
lugares, o que a gente não consegue é a pontuação extra para entrar na
residência”, explicou a médica.
Gilmara vai
trabalhar em Luziânia, cidade goiana a 60km de Brasília, onde a médica sempre
viveu e, segundo ela, tem uma infraestrutura precária para atuação médica. “O
posto onde vou trabalhar é precário, tem chão batido, mas espero fazer a
diferença lá”, conta a profissional recém-formada, que quer se especializar
futuramente em cardiologia ou nefrologia.
Em relação
às 1.294 cidades que aderiram ao edital lançado em janeiro, 1.209 municípios e
seis distritos sanitários especiais indígenas já atraíram médicos para ocupar,
integral ou parcialmente, as vagas nas unidades básicas de saúde.
Segundo
dados do Ministério da Saúde, até o momento 1.076 localidades supriram 100% das
vagas, outras 197 tiveram a solicitação parcialmente atendida e 31 municípios
ainda não conseguiram atrair nenhum médico. Nos distritos indígenas, 71% das
vagas ainda não foram ocupadas.
Da Agência Brasil via site No
Minuto
Nenhum comentário:
Postar um comentário