A
suspeita é que os responsáveis sejam divulgadores da Telexfree que
temem perder o dinheiro investido no sistema, considerado uma pirâmide
financeira pelo MP-AC.
"Eram
ameaças do tipo 'sua esposa vai morrer' e 'morte é o de menos que vai
acontecer com vocês'", conta ao iG Pascal Khalil, marido de Thaís. "E o
que me deixou mais preocupado é que alguns dos amigos da pessoa que fez a
ameaça pelo Facebook também são amigos meus [na rede]."
Khalil diz ser a primeira vez que ele recebe ameaças de morte.
A
Associação dos Magistrados do Acre (ASMAC) emitiu nota de repúdio aos
ataques sofridos pela juíza e ressaltou que "eventual insatisfação com o
teor de ato decisório judicial deve ser combatido única e
exclusivamente por meio do recurso próprio dirigido ao tribunal
competente"
A
Telexfree, nome fantasia da Ympactus Comercial LTDA, informa usar o
marketing multinível para vender pacotes de telefonia por internet
(VoIP, na sigla em inglês). Os divulgadores ganham dinheiro não só com a
venda do produto, mas também por indicar outros promotores para rede.
Para
o MP-AC, a maior parte do faturamento vem das taxas de adesão dos
divulgadores e não da comercialização dos pacotes de telefonia. Por
isso, o sistema seria uma pirâmide financeira.
No
dia 18 de junho, a juíza Thaís Khalil aceitou o pedido de liminar e
determinou a suspensão dos pagamentos e o cadastramento de novos
divulgadores. Os bens de Carlos Costa e Carlos Wanzeler, sócios
administradores da Telexfree, foram bloqueados. A decisão foi mantida
pelo desembargador Samoel Evangelista, da 2ª Câmara Cível do Tribunal de
Justiça do Acre (TJ-AC).
Os representantes da Telexfree sempre negaram irregularidades.
O Tribunal de Justiça foi procurado, mas disse que não poderia confirmar a informação na noite desta sexta-feira (28).
Ataques ao MP
Segundo
Curti, hackers atacaram nesta sexta-feira (28) o site do Ministério
Público. A polícia civil, diz o promotor, tem informações de que uma
caravana estaria sendo organizada para engrossar as manifestações que
diariamente têm sido feitas junto à sede da promotoria.
"Todos os
dias nós estamos sendo impedidos de trabalhar, são constantes os
bloqueios em frente à nossa sede.", diz o promotor. "Tudo leva a crer
que são divulgadores dessa empresa, para tentar intimidar a ação da ação
da Justiça."
FONTE : SITE IG
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