O governo federal vai adiar para 2016 a obrigatoriedade do uso do
novo acordo ortográfico. As novas regras, adotadas pelos setores público
e privado desde 2008, deveriam ser implementadas de forma integral a
partir de 1º de janeiro de 2013.
A reforma ortográfica altera a grafia de cerca de 0,5% das palavras
em português. Com o adiamento, continuará sendo opcional usar, por
exemplo, o trema e acentos agudos em ditongos abertos como os das
palavras “ideia” e “assembleia”.
Além disso, o adiamento de três anos abre brechas para que novas
mudanças sejam propostas. Isso significa que, embora jornais, livros
didáticos e documentos oficiais já tenham adotado o novo acordo, novas
alterações podem ser implementadas ou até mesmo suspensas.
“Há muita insatisfação. Ganhamos tempo para refletir, discutir e
reduzir o número de regras irracionais”, afirma o senador Cyro Miranda
(PSDB-GO), que defendeu o adiamento e quer promover audiências com
professores e embaixadores dos países de língua portuguesa na Casa.
A maior pressão é de professores, que reclamam terem sido excluídos das discussões.
Fonte: Folha de São Paulo
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